Escutei essa frase de uma mulher “ao vivo”. Não foi uma entrevista na revista, ou uma atriz famosa contando sobre o seu processo de empoderamento. Com todo o poder da palavra, e com admiração pela pessoa que a disse, divido que foi uma mulher, como muitos dizem: uma mulher real.
Decidi pegar o gancho de sua fala, e mesmo sem conhecer sua história de pertinho, vi pela câmera e computador da aula online, uma mulher diferente. Uma luz de confiança, sorrisos nos olhos e um amor próprio... tudo era mais bonito que o seu novo corte de cabelo, e mais intenso que o seu batom vermelho: Vivian decidiu raspar o cabelo. Depois de anos de sonho, o fez sem se importar com a opinião dos outros, o fez sem se importar com as críticas ou com palavras que poderiam deixá-la para baixo. Ela o fez para agradar a pessoa mais importante da vida dela: ela mesma!
Quando a escutei falando sobre a sua feminilidade, sobre entender que o raspar o cabelo a fez compreender que tudo que ela sempre buscou estava dentro dela, meus olhos encheram de lágrimas. Pensei naquela mulher que fez algo por ela, que se sentiu segura e que se agradou por entender e praticar o mais importante amor: o seu, o próprio. Isso me fez lembrar da última reflexão que postei aqui. Do quanto por verbos na vida, pode ser o segredo para viver de forma menos automática e até menos banal. Do quanto por o verbo amar-se é o segredo de uma linda caminhada.
Eu, pelo meu computador, a vi falando sobre o seu sonho. Um sonho “pequeno”, mas que traz uma intensidade e uma coragem enorme. Um sonho que dá rasteira em muitos sonhos materiais. Talvez nem ela tenha feito essa reflexão: Um corte de cabelo fora do padrão traz rebeldia, voz própria e uma confiança capaz de guiá-la para todos os demais sonhos. Um sonho que na verdade não foi pequeno, ele simplesmente fez e faz parte do seu processo de auto conhecimento e amor, novamente o amor: o próprio...
Com muito orgulho e gratidão a Vivian, eu escrevo esse texto. O primeiro de muitos que me inspiro nas minhas observações e em mulheres tão eu, tão você e tão todas juntas... Mulheres que de forma automática seguem padrões de beleza, que se comparam as meninas da revista, da tv , ou até a uma prima ou amiga... Mulheres que são ensinadas a cultivar mais a beleza de fora do que a de dentro.
Não estou criticando e nem falando que precisamos nos rebelar com a indústria e com os conceitos de beleza. Eu de verdade, acredito que cada uma deve escolher aquilo que mais lhe agrada. Pode andar de cara limpa ou com a maquiagem perfeita... Pode pintar os cabelos ou deixá-los brancos... Um processo livre, e que para mim, deve ser de forma sadia e verdadeira. Uma escolha que ajuda a potencializar tudo que sentimos e desejamos. Uma escolha minha, sua, uma escolha feita unicamente por quem precisa fazer... Nascida de dentro, que faz pulsar a essência e a individualidade de cada uma. No caso da Vivian, foi o corte de cabelo. No meu caso hoje: foi escrevendo esse texto... Achando beleza e forças muito mais potentes que qualquer cor, corte ou tamanho de cabelo ou roupa; praticando uma conexão com o mundo de dentro para fazer florir o mundo de fora...
Eu, você e a Vivian praticando ações que nos conectam a nós mesmas. Ações que são possíveis quando a gente se ama, quando a gente se entende e se respeita. Há meses tenho batido nas mesmas teclas, e continuarei fazendo: conexão, amor próprio, sonhos, sua criança e assim vai... Não sou psicóloga, não sou a dona da verdade, sou mulher (e eu posso ser você rs) e te digo de coração e experiência própria: quando existe amor próprio, nosso sorriso traz mais beleza, e a felicidade é a peça de roupa mais bonita que podemos vestir.
Boa reflexão!
Obrigada Vivian!
Comments